Do meu lugar faço movimento
2022Rio de Janeiro
Ato de encerramento do ciclo 2022 do Programa Formação e Deformação, da EAV Parque Lage, a exposição Do meu lugar faço movimento apresenta a produção de dezoito artistas participantes do programa, que aconteceu durante o segundo semestre do mesmo ano, em formato híbrido.
O Programa, que ocorre há alguns anos na EAV - entre diferentes gestões e coordenações -, possui algumas particularidades em relação aos outros cursos da instituição, intentando-se como espaço de crítica, experimentação e questionamento, não só dos processos criativos, como também do modo como se organiza o sistema de arte, suas particularidades e o papel da Escola nessa dinâmica.
Participaram dessa edição: Andy Villela, BÉATRICE, Caio Luiz, Elis Pinto, Fava da Silva, Gizele Lima, Joellington Rios, Ju Morais, Lohana Montelo, Lucas Ururah, Mariana Freitas, Melissa de Oliveira, Paulo Vinicius, Samuel Pires, Siwaju Lima, Thadeu Dias, Jardes e viniciux da silva.
A coordenação e curadoria do Programa foram de Adriana Nakamuta.
Como proposta para a exposição, apresentei cinco pinturas em giz pastel seco sobre tela. Entrelaçando as instâncias da paisagem, do corpo, da memória e do sonho, propus a elaboração livre de uma trinca entre pintura de retrato, de natureza morta e de paisagem, em uma única imagem que confunda essa tríplice fronteira. A sobreposição destas duas encruzilhadas é o ponto de chegada e partida para o conjunto e cada imagem: estabelecendo território aberto para a especulação de significados, onde haja a fundação espontânea de arquétipos, campo para jogo poético, espaço de festa e de disputa de sentidos.
Pintar pastel seco sobre tela foi um passo além no processo que desenvolvo com o material desde 2018 - até então sobre papel -, assim como um gesto de confiança, ao adotar suportes de dimensões duas ou três vezes maiores que o habitual para minha pesquisa até então. O conjunto de obras apresentadas é, assim, uma continuidade e bifurcação de duas séries anteriores, Como Guardar Paisagens e Terra Gentílica, juntando aspectos processuais de cada pesquisa para chegar à um outro procedimento de elaboração e execução pictórica.
